segunda-feira, 2 de julho de 2012

Os macarons que conquistaram um espaço na minha it list!

Bem people, faz um século que não arranjo um tempinho pra postar por aqui, mas hoje o assunto é muito importante: gourmandises!!! E não é qualquer um não, quero falar pra vocês da minha experiência com macarons. Sim, aquele docinho de casamento que muita tia não consegue pronunciar direito e você fica pensando que é algo feito de macarrão mesmo. Mas NÃO, minha gente!!! Olhem os lindinhos ai embaixo:

A receita é simples: duas massas leves e aeradas, como um suspiro, recheadas por um creme de sabor variado - e que não necessariamente tem o mesmo sabor que as duas metades crocantes. O resultado: um vicio interminavel!!!!

Ha três boutiques aqui em Paris nas quais costumo comprar macarons. São elas:
  • Ladurée: a boutique sobre a quale ja falamos aqui no Le Printemps é tida como a loja dos macarons mais famosa do mundo e realmente seus docinhos são de dar agua na boca até aos mais desapegados ao prazer do açucar. Em média um macaron custa uma bagatela de 2€, precinho que pesa no bolso, mas que vale o gosto.
Agora a noticia que vocês mais vão amar: a loja francesa acaba de inaugurar uma filial no Brasil!!!!! A Ladurée ganhou mais uma unidade ao redor do mundo e dessa vez, a escolhida foi a cidade de São Paulo. Uma boutique Ladurée pode ser encontrada agora no Shopping JK Iguatemi, recém-inaugurado novo centro de luxo de São Paulo. Vale a pena conferir!! Para os iniciantes: as versões framboesa, pistache, baunilha, chocolate, cassis e violeta são as best-sellers.

  • Pierre Hermès: uma das pâtisseries mais famosas de Paris, a Pierre Hermès pode ser considerada uma especialista no assunto macaron. Os sabores dessa vez são mais exoticos e à primeira vista podem parecer exoticos até demais. Mas para mim são ainda melhores que os tradicionais Ladurée, talvez exatamente por serem mais criativos: sabores como foie gras e chocolate ou acafrão, chocolate branco e maracuja são uns dos meus favoritos e sim, eu sei que você querido leitor esta com o nariz torcido so de ler essa mistura, mas minhas pelucias, acreditem: uma pâtisserie francesa como essa não cometeria um erro de vender produtos que não fossem no minimo maravilhosos. E são. Custo médio varia de 2,00€ a 2,50€, dependendo do sabor.

  • Le Nôtre: mais uma vez a pâtisserie esta presente na nossa lista de delicias, mas não, não sou socia da marca. Apenas gosto muito, mas muito, de seus produtos. Os macarons LeNôtre são muito bons também, mas se mantém dentro da tradição de sabores. São vendidos por kilo, se não me engano, e não por unidade, e são uma boa solução para presentear ou para comprar em uma quantidade maior, ja que acabam não sendo tão caros e têm uma qualidade superior.

Pois então, feita a lista, agora é sair para degustar! Bon appétit!

Maiores informações:
Endereços:
Ladurée: clique aqui para consultar a lista de endreços da boutique no mundo todo.
Pierre Hermès: http://www.pierreherme.com/storelocations/
LeNôtre: http://www.lenotre.com/FR/Store




sexta-feira, 8 de junho de 2012

Fiquem atentos! Shows de Madonna, Coldplay, Red Hot Chilli Peppers, festival Rock en Seine... na França!

Pessoal, lembrete rapido para os mais antenados em mega shows internacionais: Madonna, Coldplay, Bruce Springsteen, Lady Gaga, Red Hot Chilli Peppers e Green Day e Placebo no Rock en Seine estão com agendas de show aqui na França até setembro de 2012!

Para conferir os preços dos ingressos ainda disponiveis online, confirma o site viagogo e o proprio site do Rock en Seine. Ja utilizei o primeiro para comprar ingressos para Roland Garros também, e é realmente confiavel.

Confiram mais detalhes:
Madonna :
  • Stade de France (Paris banlieu) - 14 de julho de 2012
  • Nice - 21 de agosto de 2012
Coldplay:
  • Stade de France (Paris banlieu) - 2 de setembro de 2012
Bruce Springsteen:
  • Arena de Montpellier - 19 de junho de 2012
  • Paris Bercy - 4 e 5 de julho de 2012
Lady Gaga
  • Stade de France (Paris banlieu) - 22 de setembro de 2012
  • Nice - 4 de outubro de 2012
Red Hot Chili Peppers
  • Stade de France (Paris banlieu) - 30 de junho de 2012
Muse:
  • Montpellier - 16 de outubro de 2012
  • Paris Bercy - 18 de outubro de 2012
  • Zénith de Nantes - 22 de outubro de 2012
Rock en Seine:


O festival à la Lollapalooza comemora 10 anos de muita musica e esse ano ocorrera entre os dias 24 e 26 de agosto de 2012 nos arredores de Paris (Domaine national de St Cloud, proximo à estação de metrô Boulogne-Porte de St Cloud) e contara com diversas atrações, entre elas:
  • Placebo - 24 de agosto
  • The Black Keys - 25 de agosto
  • Green Day - 26 de agosto
Confiram as opções do 3 days pass. Vale à pena para quem tiver interesse em mais de 1 show em dias diferentes.
Para aqueles que quiserem uma experiência ainda mais roots, o festival contara com um camping para estadia durante o festival. Confiram preços no site oficial também.

Qualquer duvida enviem suas questões pelo blog e divirtam-se!!
(Peço desculpas pela falta de acentuação mais uma vez. Teclado francês é um bichinho complicado!!!)

quinta-feira, 7 de junho de 2012

O bar-à-vin preferido da Anna

Minhas pelúcias, que saudade que eu estava de postar por aqui! Até postei recentemente, mas foi algo tão rápido e sem muito interação com vocês que meu blog continuou esmorecido, coitado.
Foram longas semanas de trabalho e viagens e mais trabalho e mais viagens ainda mais je suis de retour!

Vamos lá: porque o bar-à-vin preferido da Anna?

Primeiro: conheci esse bar-à-vin, Cave Fervéré, através de uma amiga querida que conheci por aqui. E adivinhem o nome dela? O lugar faz parte de uma rotina gostosa de after works e de tão peculiar, acabou se tornando o meu preferido também.


Segundo: bar-à-vin é um tipo de bar muito comum aqui na França, que vende basicamente -hum, let me guess... sim, vinhos. Mas não é um bar qualquer. Esses bares tem toda uma ambientação diferente, pois seus clientes vão para tomar vinhos, bater um bom papo num lugar com sofás, mais aconchegante mesmo. Funciona assim: você pede pelo vinho do dia, podendo escolher entre um pas cher (barato) ou um mais carinho mesmo, dependendo do seu bolso, e ainda entre blancs, rouges, rosés e suas variações. Por exemplo: na última vez que fui na Cave Fervéré pedi um rouge fruité (frutado) e pas cher e o resultado foi que gastei 5E por uma taça de um ótimo vinho do dia. Ótimo negócio e ótimo vinho.
Nesses bares também não há uma cozinha mega equipada. Dessa forma o cardápio gira em torno de queijos, pães, patês, charcuteries (embutidos de carne)... numa variedade maravilhosamente deliciosa.



O ambiente da Fervéré passou por uma grande reforma e está totalmente renovado e mais aconchegante do que nunca: o piso inferior parece uma verdadeira cave e conta com diversos sofás e pufes, uma iluminação suave à velas e 3 ambientes pra que possamos saborear os melhores vinhos.




Vista da Rua Quincampoix na altura da Cave Fervéré

Vale todas as penas!!!

Mais informações:
O barzinho não tem site oficial, mas tem facebook: Cave Fervéré
Endereço: 43, Rue Quincampoix - 75004 - Paris
Aberto todos os dias do ano, sem exceção
Horário de funcionamento: 17h às 1h
Aceitam cartão de crédito, mas a partir de 17E


terça-feira, 5 de junho de 2012

Acervo do Museu D’Orsay chega à São Paulo em julho

Novidade fresquinha e das boas!
O Musée d'Orsay, tradicional mudeu parisiense que contém em seu acervo uma diversidade de obras renomadas criadas entre anos 1848 a 1914, tera uma uma mostra na cidade de São Paulo em julho desse ano.

O famoso relogio do Musée d'Orsay, antigamente uma estação de ferroviaria parisiense


Para os curiosos, o acervo de obras do museu, aberto em 9 de dezembro de 1986, foi formado a partir da coleção nacional de três entidades:
  • Musée du Louvre, para as obras de artistas nascidos apos 1820
  • Musée du Jeu de Paume, o qual desde 1947 é tido como referência para obras impressionistas
  • E finalmente do National Museum of Modern Art, o qual apos mudança para o Centre Georges Pompidou dedicou-se à obras de artistas nascidos apos 1870 
Como ja explicado para vocês no post sobre Giverny, o impressionismo surgiu como uma nova forma de interpretar o ludico universo dos pintores, agora mais bucolicos e humanistas do que nunca. A luz e o movimento era o que realmente importava para estes artistas, que romperam com o padrão estético do Realismo. O marco inicial do movimento artistico se deu com a obra “Impressão, nascer do sol” (1872), de Claude Monet, que esta exposta no Musée Marmottan Monet.
Apesar de ter um museu dedicado quase que inteiramente para suas obras, Claude Monet também esta muito presente nas pinturas do acervo do Musée d'Orsay e entre os principais artistas do estilo artístico estão, além de Monet, Edouard Manet, Edgar Degas, Auguste Renoir, Camille Pissarro e Van Gogh.

Por isso mesmo, celebrando esses nomes emblematicos e um escola artistica marcante, o Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo realizara em julho uma mostra representativa sobre o tema.

Para não perder!

Em breve mais informações...

sábado, 19 de maio de 2012

Exposição "Circuler. Quand nos mouvements façonnent les villes."

Minha gente, informação cultural rápida para quem gostar de arquitetura e urbanismo: exposição "Circuler. Quand nos mouvements façonnents les villes", no Palais de Chaillot.
Já faziam umas boas semanas que eu estava de olho nessa exposição sempre que passava pelo metrô e via a sua divulgação colada pelos corredores e ontem decidi que ia reservar uma parte do dia para conhecê-la.


A exposição trata a circulação urbana como tema principal e com isso aborda desde a evolução dos meios de transporte nas cidades, assim como a evolução da cidade em torno dos meios de transporte, desde a Idade Média, como também temas que giram em torno de tecnologia como GPS, o rastreamento de dados de localização via tecnologia GSM (exposta com ajuda e parceria da empresa Orange, telecomunicações) e também as novidades que estão fresquinhas e vêm sendo aplicadas no mundo.


A exposição conta com um grande suporte de textos e uma novidade que me fez querer voltar pro Brasil só pra poder aplicá-la nos nossos museus (vai sonhando Carol): o uso de smartphones, em parceria com suas respectivas marcas, como meio audiovisual para explicações minuciosas ao longo da visita. Mecânica simples: por meio de um agreement que devemos assinar dizendo que não levaremos embora o telefone, só basta deixar um documento original na accueil - vulgo recepção - e pegar o seu smartphone para acompanhá-lo na visita, sem custo nenhum. Mas aí você vai me perguntar "Grande coisa, audioguides já existem em diversos museus hoje". Sim, meu querido leitor, mas aqui é que o detalhe ganha O destaque. Pois além de ser um audioguide, você consegue visualizar a tela, touch screen, e escolher o tema, dependendo da sua localização dentro da exposição, além de escolher opção audio ou leitura. Além disso, há opções de extras, para aquele que quiser saber mais sobre o assunto. Como em um smartphone você é livre para criar o SEU aplicativo, você pode adicionar as informações e interatividades que julgar interessante, sem um molde fixo. E isso torna a novidade interessantíssima, imagino eu! E quer coisa mais importante do que interagir com o seu expectador/consumidor hoje em dia?


Caso você tenha um smartphone e não prefira fazer o download do aplicativo diretamente, a exposição também conta com um QR code do aplicativo. Basta ter o leitor desse tipo de código no celular.

Enfim, já perceberam que adorei o brinquedo, não é? Mas sim, a exposição também foi incrível e muito bem estruturada. Começando com a evolução dos meios de transporte com um gráfico super simples, mostrando datas por tipo de transporte, a brincadeira ganha forma com explicações interessantes sobre como a circulação urbana foi evoluindo juntamente com o crescimento das cidades. Vale a pena conferir.


Para aqueles que realmente se interessarem pelo assunto, há também, no meio da exposição, uma sala com mesas e livros à disposição: 


Além do mais, o Palais de Chaillot, para quem não sabe, fica ali no Trocadéro, logo atrás da Tour Eiffel. Então fácil acesso e sem desculpas para pelo menos não dar uma conferida de longe.

Mais informações:
Exposição temporária de 4 de abril de 2012 à 26 de agosto de 2012
Endereço: Palais de Chaillot - Cité de l'Architeture & du Patrimoine - Galerie Haute des Expositions Temporaires
1, Place du Trocadéro - 75016 Paris
Horário: aberto diariamente, exceto às terças-feiras e 1 de janeiro, 1 de maio e 25 de dezembro, das 11 às 19h. Às quintas-feiras, 11 às 21h.
Bilheteria (exposição temporária): adultos 8E e tarifa reduzida 5E (estudantes da UE e crianças).


quinta-feira, 17 de maio de 2012

O melhor crepe de Paris - Au P'tit Grec

Sabem quando bate AQUELA fome e tudo o que queremos é comer bem, bastante e barato?
Pois então, comer fora de casa aqui em Paris nem sempre é barato - e só para fazer um adendo, no que diz respeito ao item "bastante", para mim ainda é lenda que comida francesa é mal servida.
Então se você está passeando por aqui e o bolso tem livre acesso, Paris historicamente tem diversas opções de restaurantes maravilhosos. Mas se o seu caso é como o meu, que está com o bolso de estudante e prefere encontrar uma opção mais em conta, o Au P'tit Grec será a sua segunda casa para um crepe salgado - ou como dizem aqui, galette - ou doce DAQUELES, bem servidos AND bon marché.




O lugar é pequenininho, apertado do tipo Black Dog de 10 anos atrás (lembram, quando ainda era um corredorzinho que vendia o melhor cachorro quente de SP??), mas mais bem organizado. Banquinhos  e mesinhas de parede parecem deixar o ambiente ainda mais descontraído e amigável, já que se você resolve comer por lá, irá dividir a mesa com outros clientes. Mas se estiver lotado, o melhor é comer de pé mesmo, na rua, enquanto vê o movimento. O atendimento em todas as línguas, já que o chef consegue se comunicar até em grego, e com bom-humor - o que é realmente um diferencial quando se trata da França - arremata o lugar como um dos meus preferidos de Paris e sim, é onde levo TODOS que vem me visitar depois daquele dia de bate-perna exaustivo. Podem acreditar, fecha com chave de ouro.


  
Os preços variam muito de acordo com o seu pedido, mas não ultrapassam 6E se você for um ser-humano normal. Digo isso pois nunca presenciei a cena de alguém conseguir comer dois crepes salgados consecutivamente. O bichinho é realmente bem servido, mas se você conseguir fazer tal feito, mande fotos que publico aqui!
Brincadeiras à parte, o crepe é de respeito e você pode escolher seus ingredientes dentre uma boa gama de opções, incluindo desde o básico queijo emmental (que é algo normal aqui na França, ao invés dos nossos mussarela e parmesão) até batatas e ovo.
O mais tradicional é o de queijo, presunto e ovo, mas vocês podem arriscar nas opções sugeridas de olhos fechados. Eu mesma peço geralmente o Galette du Chef, que vem com emmental, salada, tomate, presunto italiano e... não lembro mais! O ponto é: sabor a não mais poder, feito ali na sua frente.









As opções de crepe doce também são uma tentação! Mesmo euzinha não sendo muito fã de doces (sim, podem xingar, mas é a verdade) as vezes caio na perdição de comer um de chocolate e laranja, ou ainda nutella e banana. Meudeusdocéuquecoisaboa!

Obs.: Os crepes tradicionais de Paris não são como esses, que se come com a mão. Os tradicionais mesmo são servidos em pratos, não vem com muito recheio e como envolvem um custo fixo maior (prato + garçom + mesas..........), são realmente mais caros. Por isso, se você é turista ou estudante, continuo recomendando o Au P'tit Grec, pois você nunca vai esquecer o melhor crepe de Paris, mesmo que não seja O tradicional.

Fica a dica meus amores: lugar bacaninha, público diversificado, atendimento nota 10 e o melhor custo benefício da história! En plus, localização boa para turistas que querem conhecer o Quartier Latin, já que fica na badalada Rue Mouffetard da mesma região.



Mais informações:
Não há um site oficial, como a maior parte dos "bons achados"
Funcionamento todos os dias do ano, exceto 1 de maio e 24, 25 e 31 de dezembro
Horário: 10h-1h (confirmarei para vocês)
Endereço: 66, Rue Mouffetard 75005 Paris
Acesso: Metro linha 7, estações Place Monge ou Censier-Daubenton

domingo, 13 de maio de 2012

Bate e volta para Giverny - Maison Monet

Amantes da arte impressionista ou não, a visita à casa e jardins de Claude Monet é sempre uma abundância de cores e flores. Isso porque os jardins foram realmente programados para estar sempre floridos da primavera ou outono, o que garante à nós, turistas ávidos por emoção, um verdadeiro deleite!
Claude Monet foi o principal pintor da escola impressionista, sendo o seu quadro "Impressão, nascer do sol" a origem do termo "impressionismo" - que faz referência à técnica de pinceladas mais leves e soltas, valorizando a aplicação da luz e do movimento à pintura.




O impressionismo surgiu rompendo a tradição dos movimentos artísticos anteriores criando uma impressão visual particular através da pintura sem bordas e com cores luminosas. O uso do preto é raro e a obtenção de cores e tonalidades diferentes nunca é obtida via mistura de pigmentos, mas sim através de pinceladas de cores puras para que a imagem fosse formada pelos olhos do observador.

A Fundação Monet fica aberta de 1o de abril à 1o de novembro incluso, das 9:30h às 18h.
Para chegar é fácil, já que Giverny fica à 88 Km de Paris e há diversas opções de transporte:

Rua que dá acesso à Fondation Claude Monet
  • Trem: vá até a Gare Saint Lazare e compre um ticket pela SNCF (única Cia. ferroviária que faz destinos nacionais) e pegue um trem para Vernon (cidadezinha à 7 Km de Giverny). De Vernon, temos várias opções: ônibus, bicicleta ou taxi. Logo em frente da estação ferroviária de Vernon há um ônibus (linha 240) que faz a conexão com Giverny e os horários de saída são coordenados a cada 15 minutos após a chegada de cada trem de Paris; já para as outras opções é mais fácil perguntar na própria estação de trem. Há informação à disposição. O trajeto Paris-Vernon dura cerca de 44 min e custa 13,30E para adultos. Estudantes com carte 12-25 (carteirinha de desconto para estudantes, da SNCF) pagam 10E. Já o trajeto de ônibus Vernon-Giverny custa 2E e dura cerca de 12 min.
  • Ônibus: para aqueles que acharam muito complicado, há a opção de ida e volta com grupos turísticos via empresa Cityrama - Paris Vision. O tour sai do centro de Paris (1er arrondissement se não me engano) e custa cerca de 75E por um dia de passeio guiado.
  •  Carro: o aluguel de carro aqui na França é simples e eu mesma fui para Giverny dessa maneira. Estávamos em um grupo de 5 pessoas, o que acabou barateando o custo e fizemos um bate e volta. O aluguel de um carro pequeno sai cerca de 100E, fora o combustível. Mas a paisagem e o conforto compensam.

 Seguem algumas fotos que tirei na minha visita:

Flores nos Jardins de Monet





A famosa ponte de Monet, presente em diversas obras do pintor

Lembrem de levar comes e bebes também para fazer um piquenique por lá! Tem uma área pequena disponível para turistas mas apesar disso, muito gostosa e cheia de árvores, com aquela sombrinha gostosa!

Há também pequenos restaurantes ao redor da Fondation Claude Monet que servem almoços. O mais fácil é consultar no local mesmo, já que os menus podem variar.

Maiores informações:
Tarifas: adultos: 9E, crianças até 7 anos e estudantes: 5E, menores de 7 anos: gratuito.
Estacionamento gratuito

domingo, 29 de abril de 2012

Exposição Louis Vuitton & Marc Jacobs no Musée des Arts Décoratifs

Meus amores! Hoje fui em uma exposição mais do que interessante e resolvi estrear os tópicos culturais do Le Printemps com uma rápida dica para quem estiver por aqui ou vier à Paris até setembro.

A exposição Louis Vuitton & Marc Jacobs aborda a trajetória da tradicional loja de luxo de bolsas, malas e alta costura desde a sua criação pelo próprio Vuitton até atualmente, tendo Marc Jacobs como  diretor criativo desde  1998. A exposição tem um fluxo muito interessante para apresentar a história da marca e sua criação, criando um paralelo entre a vida e trabalho de seu fundador Louis Vuitton e Jacobs, com um forte discurso de que ambos conseguiram inovar e se sobressair em sua época - LV com o início da industrialização e MJ com a globalização.

No primeiro andar, a trajetória de LV é acompanhada da exposição de diversas malas e baús, objetos que deram origem às futuras criações de suas bolsas, e também de explicações, embora superficiais, sobre o seu diferencial maior : para quem não sabe, as bolsas da LV não são feitas de couro, mas em um tecido revestido por um material impermeável, patenteado pela marca. O vestuário da época também é exposto e realmente bem interessante, pois essa parte esta bem explicada.




Já no segundo andar podemos acompanhar a mente criativa de MJ: uma infinidade de trechos de vídeos, filmes, clipes são expostos logo no fim da escada e já passa a idéia criativa que bombardeia a mente do diretor criativo da marca. 



 
A trajetória do estilista também é exposta de forma criativa e impecável, o que acaba satisfazendo os olhos, apesar da falta de conteúdo explicativo. Suas coleções de alta costura também são expostas em partes, muito bem organizadas e chamativas. Colírio para os olhos de uma fashion lover, fato.









Com certeza devo dizer que valeu a visita. Conseguir entender um pouco mais sobre a trajetória de uma das marcas do mundo da moda mais amada mundialmente sempre será interessante no meu ponto de vista!

Mais informações no site oficial da exposição, aqui, com versão nas línguas francesa e inglesa.

Les Arts Décoratifs - Mode et textile
Endereço: 107, Rue de Rivoli - 75001 - Paris
Acesso: Metrô linha 1, estação Palais Royal Musée du Louvre ou Tuileries
Tel: +33 (0)1 44 55 57 50

Horários: de terça à domingo, das 11h às 18h. Último ticket vendido às 17:30h.
Às quintas, sessão noturna até 21h. Último ticket vendido às 20:30h.
Fechado às segundas.
Tarifas: 9,50 euros inteira / 8 euros reduzida / gratuito para menores de 26 anos.

sábado, 28 de abril de 2012

Cursos de culinária em Paris!

Que saudade que eu fico de postar aqui no blog! Uma semaninha e meus dedos já estão eufóricos querendo escrever mais e mais dicas pra vocês, curiosos de plantão!

Pois então minha gente, hoje quero muito compartilhar com vocês umas das experiências culinárias que tive aqui em Paris. Ano passado, quando estava vindo pra cá, minha mãe - que adora essas idéias de receitas locais e originais - me falou tanto pra fazer um curso de culinária que fiquei com a ideia na cabeça.

A França realmente faz parte do pódio Michelin, com vários dos melhores restaurantes 3 estrelas do respeitável Guia Michelin. Em questão de números, o país dos queijos só perde para o Japão em quantidade de restaurantes top-estrelados, ficando com o segundo lugar: 23 contra os 32 endereços premiados do Japão.
Não apenas por isso, mas também por sua tradição culinária de dar água na boca, o país é reconhecido como um polo da arte gastronômica e tem uma das melhores escolas de gastronomia exatamente aqui, em Paris.

Le Cordon Bleu é uma tradicional escola francesa, com um renome mundial e que tem cursos de arte culinária de todos os tipos, variando de acordo com os objetivos do aluno e tempo disponível. O único problema é que devido a essa referência no mundo gastronômico, seus cursos longos costumam envolver um grande investimento. Pensando nisso e na minha vontade infinita de fazer um curso de cozinha mesmo que básico, fui buscar mais informações e descobri que o Le Cordon Bleu oferece cursos rápidos e pas trop chers para estudantes e amantes da culinária, como eu. Ok, vale fazer a observação aqui que o pas cher nesse caso não é tão barato para quem desconhece o renome da escola de cozinha mais famosa do mundo: os cursos saem em média 100E, mas são a realização de um sonho para aqueles que conhecem o Le Cordon Bleu e sua tradição de mais de 500 anos.
Vale conferir os ateliers oferecidos e a agenda é anual, o que facilita a vida do viajante ou estudante aqui para se programar. Custos e outras informações aqui.




Para aqueles que preferem algo mais diferente e menos profissional, sem sair do nível de culinária francesa, que é top, seguem algumas outras opções que já acompanhei de pertinho também:
A LeNôtre, sobre a qual já falamos aqui no blog no post "O melhor croissant de Paris" oferece cursos de culinária francesa em geral e ainda cursos de especialidades de pâtisserie, que são realmente o seu forte. Fiz um atelier de croissants e pains au chocolat que foi uma maravilha! Chefs muito didáticos e com muita técnica. Valeu o investimento de 135E.


Fachada do Pavillon Élysée da Pâtisserie LeNôtre


Atelier Croissant et Pain au Chocolat

Enrolando a massa dos últimos croissants

Chef Patrick Jeandeau explicando como fazer brioches


O Atelier des Sens oferece uma gama imensa de cursos em Paris e tem opções inclusive de enologia, cosméticos naturais e cozinha bio. Realmente vale a pena conferir.





Já para aqueles que querem aprender uma receita mais caseira e tradicional francesa, o Papy Bio oferece cursos de macaron, aquele tradicional doce francês que comemos nos casamentos mais refinados... lembraram? O atelier fica em Paris, 20ème arrondissement.





Pois bem, boas opções para amantes da boa cozinha francesa!
Se tiver dúvidas sobre o melhor curso para você, fique a vontade para entrar em contato comigo! Realmente são muitas opções dignas de uma semana dedicada à arte gourmet, mas para turistas sem tempo, o melhor é focar em uma única opção.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Queijos e vinhos... Hummmmm!

Olá minhas pelúcias! Post novo para uma leitura de dar água na boca para o fim de semana!
Não estou conseguindo mandar posts diários sobre todos os milhares de assuntos que Paris tem para contar pra vocês, mas pouco a pouco vou contando aquela rotina diferente de uma estudante de Paris, ok?
Pois então: queijos e vinhos. Tem coisa mais francesa?

Pessoal, é absurda a variedade de tipos e sabores dos queijos aqui na França. Nem adianta tentar imaginar, é algo realmente imenso. Segundo um provérbio francês "Un fromage par jour de l'année", que significa "Um queijo por dia do ano", ou cada coisa no seu tempo, a França produzia 300 a 400 tipos de queijos tradicionalmente. Mas esse número não para, minha gente! É impressionante como cada dia que entro em uma fromagerie nova, vejo um novo tipo desse querido e amado alimento francês e fico louquinha pra comprar. Hoje temos aqui uma variedade que gira em torno de mil tipos de queijos. Não se sabe ao certo, pois a fabricação desses derivados de leite aqui é bem livre e longe de regulamentações alimentares mais restritas como nos EUA, o queijo corre solto.


Fromagerie em Montmartre

A fabricação desses derivados de leite pode ser artesanal, até do fundo de quintal, ou ainda industrializada, como faz a famosa produtora de derivados de leite, a marca "Président". Esse, entre outros motivos menos óbvios torna a França o país de maior exportação de queijos no mundo. Aqui consumimos uma média de 24 Kg de queijo por ano, por pessoa, o que nos deixa atrás somente dos consumidores gregos, que batem o recorde de consumo com 27,3 Kg. Pois é, e o Brasil não chega muito atrás não: somos o sétimo país de maior produção de queijos no mundo.

Sobre a produção? Vamos lá, que o Le Printemps também é cultura! A produção do queijo é feita a partir de um processo simples e cuja duração varia de acordo com o tipo de queijo. Coisa simples pra vocês não me baterem, embora seja super interessante o processo: coagulação, onde é adicionada uma substância acidificante ao leite, o que separará o soro da fase sólida do mesmo. É aqui que são adicionadas as leveduras, para quem já ouviu falar. Segunda parte: processamento (que varia também de acordo com o tipo de queijo), onde o resultado da coagulação, ou seja, o coalho, vai ser tratado para dar o sabor, textura e suavidade do queijo. Aqui adiciona-se também o sal e todos os elementos que farão parte do queijo final. Terceira e última etapa: amadurecimento. É aqui que os queijos ganham  sabor mais intensificado e ganham seus bolorzinhos. Fácil e indolor não é? Pois é, e aqui na França há o adicional de que pode-se fabricar queijos com leite cru, ou seja, não pasteurizado. Mas como??? A pasteurização do leite garante isenção quase total de bactérias e outros microorganismos que possam estar por ali, no leite cru. O problema é que pasteurizar o leite muda algumas de suas características e como todo bom francês é bem detalhista, mudar uma característica no seu fromage tradicional e com receita herdada não rola. Por isso aqui é permitido produzir queijos com leite cru mesmo. Arriscado, mas pra quem come sashimi, o queijo é fichinha.

Prato de queijos, comum após as refeições, com um queijo de cabra, camembert e livarot (laranja)


Bom, agora que já falamos bastante sobre todo o background do nosso todo poderoso de hoje, hora de falar das compras! Adoro essa parte. Comprar queijos aqui na França pode ser confuso. Muita opção, variedade de preço, locais de venda... Qual escolher? Simples. Foque inicialmente no sabor que você prefere: suave, médio ou forte. Para queijos suaves, os que vem com a casquinha branca como o camembert, o brie, o carré bridel, são os recomendados. Textura cremosa por dentro com capinha mais dura. Maravilhosos e vão super bem com vinhos tintos mais leves e frutados, ou ainda um Merlot.
Sabor médio, vá direto nos queijos emmental, gruyère, gouda, alguns de cabra (como o mi chèvre)... Harmonizam muito bem com vinhos menos suaves e mais tânicos como o Shiraz, tintos da região de Rhône ou ainda um Carménère.
Sabor forte, aí temos uma gama bem grande também: fromages bleues, ou queijos azuis seguindo a tradução literal, que faz referência aos queijos roquefort e gorgonzola por causa da sua cor; queijos feitos com leite de cabra - aqui ditos como de chèvre , leite de ovelha - ou de brebis, etc. Estes últimos vão muito bem com vinhos mais fortes, tais como os carbenet sauvignons de Bordeaux ou ainda um vinho branco sucré, ou branco doce, tradicional da região de Sauternes principalmente.

Queijo brie Président

Queijo Gruyère


Tente procurar opções de queijo em feiras de legumes, em fromageries e evite os mercados. Nesses lugares, os produtores são os próprios donos da fromagerie e por isso mesmo você pode enocntrar uma variedade de queijos bem maior do que a simples que citei aqui. Mercado funciona para o viajante sem tempo, claro! Mas nada como experimentar um queijo de uma barraquinha de feira bem estranho. Chega a ser surpreendente como conseguimos obter um paladar totalmente inédito com um pedacinho tão pequeno de queijo.

Se tiverem dúvidas, me perguntem! Claro que não provei nem a metade de toda a infinidade de opções que existe aqui, mas uma boa parte já, então talvez possa ajudar na escolha.
Enjoy!